quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Cachimbo de louça

Saudações, confrades! Falando em churchwardens, aqui vai uma aquisição bem diferente e interessante! Trata-se de um cachimbo de louça, num modelo que nos remete às tavernas e humildes moradas de alguns séculos atrás, antes da descoberta do briar e quando meerschaum era para poucos.

Este longo modelo era dos mais usados. Dizem que eles ficavam disponíveis em tavernas e estalagens, para os fregueses. Nos Estados Unidos, também eram oferecidos em lares, aos visitantes, para aquele bate-papo regado a tabaco, após o jantar. Parece que também era costume ir se quebrando a pontinha da piteira, como hábito sanitário.

Eu o adquiri como uma novidade que me chamou atenção pelo aspecto histórico, pelo material novo para mim, e pelo tamanho. Vamos então à resenha propriamente dita:

Como esperado, é muito relaxante, e só não é mais devido ao ângulo do fornilho em relação à piteira, que parece que vai deixar o fumo cair caso o fornilho fique muito baixo. Tal ângulo também dificulta um pouco o acendimento, e nos tenta a sempre acendê-lo defronte ao espelho - mas não é problema de modo algum. Devido ao material e à fina expessura do fornilho, ele esquenta muito, chegando a queimar as mãos, mas a idéia é segurar o cachimbo pela longa piteira, que não esquenta.

O fornilho é bem grande, possibilitando uma longa e prazerosa cachimbada. Queima muito bem, apesar da passagem de ar ser um tanto estreita mas, novamente, sem ser problema. A sensação é muito diferente, pelo tamanho do cachimbo, a longuíssima piteira e sua leveza tanto visual quanto literal, relativamente falando. Notei um leve gosto de cerâmica na primeira cachimbada, mas também esperava isso. Penso que desaparecerá. Outra coisa interessante, mas que talvez eu nunca faça: ouvi dizer que, se colocado no forno, a sujeira acumulada ao longo do tempo se evapora, sendo uma método de limpeza também muito diferente e inusitado.

Enfim, não digo que é melhor do que churchwardens em outros materiais e modelos mas, com certeza, funciona bem, é interessante, curioso e bem diferente.


2 comentários:

  1. Muito interessante e elucidativo esse post!

    E a cachimbada propriamente dita confrade, por ser de cerâmica material pouco poroso, não resta uma cachimbada molhada, úmida demais?

    Achei bonito,mas pouco pratico, como esquenta muito o fornilho como o confrade relatou e pode até "queimar" a mão...complica...

    Mas achei muito bonito o cachimbo, que lhe forneça ótimas cachimbadas...mas cuidado para não queimar a mão heim!!!heheheheh

    Um abraço e excelentes cachimbadas!!!

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  2. Obrigado, confrade.
    Curiosamente, a cachimbada é extremamente seca! Mas se o tabaco estiver molhado eu acredito que deva ser o mesmo desastre que ocorre com qq cachimbo. Ou seja, sem diferença neste ponto.
    Realmente, ele não é prático e o fornilho queima a mão mesmo!
    Mas mesmo assim eu gostei, confrade. É uma cachimbada bem relaxante e gostosa.
    Abraço!

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