sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cachimbo e o estereótipo do intelectual

É inegável essa correlação entre cachimbos e intelectuais, sejam eles cientistas, filósofos, poetas, escritores, jornalistas, estadistas e outros homens "de sucesso" ou dotados de inteligência superior. Por exemplo, muita gente lembra logo do sagaz personagem Sherlock Holmes, quande vê um cachimbo. E isso vale alguma reflexão (coisa de cachimbeiro hehehe).

Primeiro, chamo a atenção para o fato de que, antigamente, muitos homens fumavam cachimbo, e não apenas os intelectuais, mas, de alguma forma até compreensível, as imagens que mais vemos hoje são de cachimbeiros famosos e intelectualizados. Em conclusão, cachimbar não era exclusividade da elite, mas um hábito de quase todos, e principalmente de gente simples, pois cachimbar sempre foi mais barato do que fumar cigarro ou charuto! Marinheiros, camponeses, operários, índios e até escravos cachimbavam. Ou seja, assim como o lorde inglês, o rapaz da estrebaria ou o jardineiro dele também cachimbavam! Nunca foi algo "aristocrático", e é muito desinformado quem pensa o contrário. Os pobres apenas não eram tão retratados como os ricos, mas todos tinham seu companheiro cachimbo à mão. O que mudava, de acordo com as posses, é claro, eram os modelos de cachimbo e os tabacos.

E hoje em dia? Temos os "posers", geralmente o "burguês" que quer dar uma de sofisticado, aristocrata ou intelectual (facilmente detectável), e temos um tipo de "hipster" jovem e moderninho, que também usa o cachimbo como forma de estilo "retrô alternativo"; mas também temos verdadeiros intelectuais que cachimbam. E é difícil dizer até onde eles foram influenciados por imagens de outros intelectuais do passado ou não.

Mas uma coisa eu tenho que dizer: o ato de cachimbar, realmente, tem muito a ver com a atitude contemplativa, introspectiva e "filosofante" da maioria dos pensadores e intelectuais, sejam eles cachimbeiros ou não, e por isso eu acredito que muitos realmente se aproximam da cachimbo sem nenhuma interferência desse estereótipo ou questões de imagem. No meu caso, por exemplo, sempre ví fotos do Einstein e muitos outros intelectuais e figuras históricas fumando cachimbo, e nunca me interessei. E nem prestava atenção aos cachimbos! Só mesmo numa certa fase da vida, mais madura - e ainda sem nenhuma preocupação com imagem ou estereótipos positivos, eu me senti atraído por eles, e comecei a desenvolver essa paixão. Existiriam então os cachimbeiros "de alma" e os "oportunistas"? Fica a questão para ser pensada degustando um fornilho bem cheio. Hehehe!


2 comentários:

  1. Olá

    Tu conheces o meu blog.

    www.tabacosbr.blogspot.com

    Lá eu vendo uma boa variedade de tabacos para cachimbos importados pelo menor preço no Brasil.

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