Eis uma mistura muito diferente e interessante. E extremamente forte! É interessante porque trata-se de um híbrido: a princípio uma mistura de perique, mas também tem latakia! Embora pouco. Isso, fora o burley, o virgínia e o turco. Uma lista de ingredientes um tanto inusitada.
O cheiro no saquinho é um tanto difícil de descrever, mas o que mais se nota é um tom avinagrado, fermentado. Isso porque o perique é um tabaco-tempero altamente fermentado. E nessa mistura ele perfaz quase metade do total! Isso também explica todo o corpo que a mistura tem. Mas é um corpo diferente, um tanto "duro", adstringente, bem apimentado. É uma mistura complexa, mas a seu modo, um tanto "rude".
Falando assim, pode parecer que não é muito boa, mas é. Só que de uma forma bem original. Diria que é a mistura mais diferente que eu já experimentei. Sem ser excêntrica, mas bem diferente. No fornilho ela continua sendo difícil de descrever mas podemos sentir algo que pode lembrar cigarro em alguns momentos (talvez pelo burley) mas isso pode também ser apenas uma impressão gerada pela combinação inusitada de componentes. Nas narinas ela se parece que a Bayou Morning, só que bem mais rica e pesada - e satura o olfato do mesmo modo (com certeza, novamente obra do perique).
Para mim é como se fosse um Billy Budd do pântano, da Louisiana, em sua versão "cajun". Menos elegante, mas com o mesmo "coice", temperado com molho tabasco. Achei a textura similar, pois, afinal, o charuto (do Billy Budd) e o perique (do Bayou Night) partilham esse caráter bem condimentado, por se tratarem ambas de folhas que são submetidas a um alto grau de fermentação, e por isso têm esse toque apimentado. Só que enquanto o charuto também tem algo de "cremoso" e mais profundo, o perique tem apenas de picante - muito mais apimentado! Se comparada à Bayou Morning, é totalmente diferente e muito mais pesada, apesar do aroma bem parecido.
Acho que por ter tanto "tempero", ela tende a esquentar bem o fornilho. Por isso vou reservar um corncob para ela, e também para evitar que toda essa condimentação se aloje em algum briar. Me arrependí de tê-la experimentado no meu Peterson System. Vai até combinar melhor num sabugo, penso eu. Não se trata de uma mistura para se fumar sempre e nem é relaxante, com tanto sabor e "pegada", bem como a culinária cajun. Mas valeu a pena a aventura. Se é uma boa mistura? Com toda certeza, sim. Se recomendo? Depende...
O cheiro no saquinho é um tanto difícil de descrever, mas o que mais se nota é um tom avinagrado, fermentado. Isso porque o perique é um tabaco-tempero altamente fermentado. E nessa mistura ele perfaz quase metade do total! Isso também explica todo o corpo que a mistura tem. Mas é um corpo diferente, um tanto "duro", adstringente, bem apimentado. É uma mistura complexa, mas a seu modo, um tanto "rude".
Falando assim, pode parecer que não é muito boa, mas é. Só que de uma forma bem original. Diria que é a mistura mais diferente que eu já experimentei. Sem ser excêntrica, mas bem diferente. No fornilho ela continua sendo difícil de descrever mas podemos sentir algo que pode lembrar cigarro em alguns momentos (talvez pelo burley) mas isso pode também ser apenas uma impressão gerada pela combinação inusitada de componentes. Nas narinas ela se parece que a Bayou Morning, só que bem mais rica e pesada - e satura o olfato do mesmo modo (com certeza, novamente obra do perique).
Para mim é como se fosse um Billy Budd do pântano, da Louisiana, em sua versão "cajun". Menos elegante, mas com o mesmo "coice", temperado com molho tabasco. Achei a textura similar, pois, afinal, o charuto (do Billy Budd) e o perique (do Bayou Night) partilham esse caráter bem condimentado, por se tratarem ambas de folhas que são submetidas a um alto grau de fermentação, e por isso têm esse toque apimentado. Só que enquanto o charuto também tem algo de "cremoso" e mais profundo, o perique tem apenas de picante - muito mais apimentado! Se comparada à Bayou Morning, é totalmente diferente e muito mais pesada, apesar do aroma bem parecido.
Acho que por ter tanto "tempero", ela tende a esquentar bem o fornilho. Por isso vou reservar um corncob para ela, e também para evitar que toda essa condimentação se aloje em algum briar. Me arrependí de tê-la experimentado no meu Peterson System. Vai até combinar melhor num sabugo, penso eu. Não se trata de uma mistura para se fumar sempre e nem é relaxante, com tanto sabor e "pegada", bem como a culinária cajun. Mas valeu a pena a aventura. Se é uma boa mistura? Com toda certeza, sim. Se recomendo? Depende...
Bom dia confrade!!!
ResponderExcluirAbri um tabaco que tem o cheiro até parecido com o seu, o Sunday Picnic. Ocorre que, ele tb tem um sabor diferente, puxa muito para o amargo.....tem um tempo difícil, mas quando o encontramos, ele se abre em sabor!
Maravilha sua resenha!!!!
Um abraço e excelentes cachimbadas!!!
Obrigado, confrade!
ResponderExcluirMisturas de perique ainda são novidade p/ mim. Acho que esse ainda vai enjoar, mas é interessante.
Abraço!