De acordo com a sabedoria cachimbista, devemos apenas usar fósforos para acender nossos amados cachimbos, pois eles são mais direcionáveis e evitam a queima acidental da madeira. E isso é verdade. Fósforos são realmente a melhor opção.
Mas... (sempre tem um "mas"). É inegável o apelo, o charme e o desejo que os isqueiros nos causam - especialmente porque há muitos deles especialmente feitos para cachimbos! E acabam se tornando objetos de desejo - quase tanto quanto os próprios cachimbos! Fora isso, existe também uma pequena razão racional para comprá-los: embora menos aconselháveis, são mais práticos de usar do que fósforos. Basicamente, se dividem em dois grupos: os que usam nafta (um derivado líquido de petróleo) como combustível (passando assim um certo odor ao fumo) e os que funcionam com gás butano (e sem odor). A única vantagem da nafta é não apagar ao vento mas, pelo menos eu, nunca fumo no vento.
Interessante: são dois os detalhes que caracterizam os isqueiros especiais para cachimbos: primeiro, a chama inclinada de fácil direcionamento ao fornilho. Segundo, o fato de terem "pipe tools" discretamente embutidas, para se ajeitar o fumo no fornilho quando necessário. Podemos vê-las na foto, à meia altura na lateral esquerda do Bentley e no pé esquerdo do Vertigo. O Zippo não tem.
E aqui vai um pouco sobre cada um dos meus, de acordo com a ordem na foto: primeiro, um Bentley, austríaco, muito barato e bom! É de plástico mas funciona muito bem, com a chama inclinada a 45 graus, e movido a gas. Segundo, o mais estiloso, um Vertigo inspirado no tradicional e caro modelo "Old Boy", de outra marca - simplesmente lindo, e custa menos de 10% do que custaria um Old Boy original. E funciona perfeitamente, também a gas e com chama com inclinação de 45 graus. Terceiro e muito interessante: um Zippo adaptado para cachimbos. A estratégia foi colocar nele um queimador diferente, e assim devemos segurá-lo na horizontal, em vez de vertical, colocar o queimador acima do fornilho e puxar a chama para baixo ao acender o cachimbo. Foi uma ideia engenhosa, mas só funciona bem se o fornilho estiver cheio de fumo até a boca - caso contrário, não é bom, pois fica difícil puxar a chama, e há o odor de nafta! Mas ainda valeu a pena, pela mística da Zippo, beleza, qualidade e pelo fato de não apagar no vento (ainda que desnecessário).
Enfim, aí está um desdobramento inesperado para mim na arte dos cachimbos: os isqueiros. E eu os uso mais do que fósforos, por serem mais práticos. No mais, são acessíveis (pelo menos estes), bonitos, charmosos e interessantes. Uma paixão secundária, mas que vai parar por aqui, pois já estou muito satisfeito com esses três.
Prezado confrade, achei muito interessante o blog, parabéns!!!
ResponderExcluirUm abraço e excelentes cachimbadas!
Rovian
Complementando, tenho um blos sobre cachimbos e tabacos, se quiser visitar, o endereço é:
ResponderExcluirwww.sabordetabaco.blogspot.com.br
Olá, Rovian.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário.
Um abraço,
Alex